segunda-feira, 24 de abril de 2017

A Evolução do Papel


Como vimos na postagem anterior, ao chegar no continente europeu, os árabes introduziram o segredo da fabricação do papel; países como Itália e Espanha desenvolveram rapidamente os primeiros moinhos de papel. A primeira fábrica de papel européia se estabeleceu na Espanha, em torno do ano de 1150. Durante os séculos seguintes a técnica se estendeu para a maioria dos países da Europa.

1455
O alemão Gutenberg aperfeiçoa a impressão com caracteres móveis, e começa a produzir livros em massa. A primeira obra é a que mais vende até hoje: a Bíblia.


Gutemberg aperfeiçoou a invenção chinesa (Bi Sheng (990-1051 d.C) é o inventor original da imprensa de tipo móvel). A impressão de livros então pode ser feita a custos mais baixos e foi um grande estímulo para a fabricação de papel.

Bíblia de Gutemberg - primeiro livro moderno impresso

1600
Papel importado da Europa era usado no Brasil para fazer mapas, livros escolares e religiosos. Portugal proibia oficinas de tipografia, por temer a propagação de notícias rebeldes.

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Papel artesanal no século XIX

1673
Os holandeses inventaram uma máquina que permitia desfazer trapos desintegrando-os até o estado de fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se de "holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado a sua ideia básica.


Máquina de despedaçar trapos holandesa.



1719
Ao observar vespas fazerem ninho "mastigando" partes de árvore podre, o  cientista francês René Reaumur sugere usar madeira como matéria-prima do papel, o que demoraria mais de um século para se tornar realidade.

Vespas - Inspiração para o uso da madeira na produção do papel

1797
A demanda por livros impressos impulsiona o engenheiro francês Louis-Nicolas Robert a criar a primeira máquina de produzir papel continuamente, que substituiu o processo artesanal.

Primeira máquina de produzir papel em escala industrial.

1808
Com a vinda da família real é fundada a Imprensa Régia do Brasil. Os jornais a Gazeta do Rio de Janeiro e o Correio Braziliense (impresso em Londres) começam a circular por aqui.



A primeira fábrica de papel no Brasil entre 1809 e 1810 no Andaraí Pequeno (Rio de Janeiro), foi construída por Henrique Nunes Cardoso e Joaquim José da Silva, industriais portugueses transferidos para o Brasil. Trabalhava com fibra vegetal. Outra fábrica aparece no Rio de Janeiro, montada por André Gaillard em 1837 e logo em seguida em 1841, tem início a de Zeferino Ferraz, instalada na freguesia do Engenho Velho.
O português Moreira de Sá proclama a precedência da descoberta do papel de pasta de madeira como estudo de seu laboratório. A sua vinda ao Brasil coincide com as experiências de Frei Velozo em 1809 quando produziu o papel de imbira e experimentava seu fabrico com outras plantas. A partir desta época, nunca mais se parou de pesquisar e produzir papel artesanal no Brasil.



1975
A revista BussinessWeek faz reportagem futurista sobre o “escritório sem papel” e se torna a primeira de uma série de publicações a anunciar “a morte” do produto


Mas em vez de “morrer”, a produção de papel só cresce:
2000 >>> 323 milhões de toneladas
2009 >>> 377 milhões de toneladas
2010>>>405 milhões de toneladas

Brasil é o 4º maior produtor mundial de celulose e o 9º maior produtor de papel.

Atualmente, mesmo com toda a tecnologia disponível em constante evolução, o papel é ainda um dos principais meios para disseminação da informação no mundo.
Além de ser um dos meios que contribuíram para difundir um dos temas que traremos na nossa próxima postagem: A gravura!



Fontes:














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