segunda-feira, 10 de abril de 2017

Do papiro ao papel - Surgimento do Papel na China



Diversos materiais foram utilizados para dar suporte à comunicação escrita e aos modos de registrar a história e a memória dos povos: cavernas, pedras, barro, argila, madeira, folhas e cascas de árvores, até mesmo cascos, dentes e ossos, além da pele/couro de animais, plantas (como o papiro), bambu e seda. Estes quatro últimos últimos foram os que antecederam a invenção do papel na forma como o conhecemos na atualidade. E o processo para se chegar a este produto imprescindível para a evolução da humanidade foi criado na China.

Infográfico encontrado no Google Imagens


3000 a.C.
Ainda que as origens do papel remontem à criação do papiro no Egito, há aproximadamente 3000 a.C. - e a materiais com características similares ao papel, como o pergaminho - por volta do século VI a.C. os chineses já produziam um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita, porém muito frágil.

 Papiro com gravura - Antigo Egito

105 d.C.
Somente  quase 5 séculos depois, em 105 anos depois Cristo (d.C.), a partir de uma mistura de produtos primeiramente feitos de polpação de redes de pesca e de trapos, e depois, de misturas e pastas de materiais que continham fibras vegetais, T’sai Lun (funcionário imperial da Dinastia Han Oriental) criou e aprimorou técnica de fabricação que deu origem ao papel mais resistente, portanto mais durável, e que se tornou uma das maiores invenções chinesas.

Primeiros papéis chineses


O papel foi inventado em 105 d.C., por esse alto funcionário da corte imperial, na dinastia Han (206 ªC.-220 d.C.), numa época que correspondia, no Ocidente, ao reinado do imperador Trajano.

Gravura chinesa


400 d.C.
Enquanto isso, na Europa, no IIIº séc. a.C., o papiro foi substituído pelo pergaminho. O nome vem de Pérgamo (cidade da Ásia) onde havia pergaminhos de boa qualidade, resistência e duração.
Muito mais resistente e caro do que qualquer outro material similar ao papel até então conhecido no ocidente, as peças ficavam presas em correntes. Se escrevia ocupando todo o espaço possível escrevendo tudo junto e em forma maiúscula. Isso tornava a tradução bem difícil.

Os monges copistas usavam pergaminhos feitos de peles de animais (geralmente de ovelha, cabra ou vaca.), para reproduzir livros à mão. O uso do formato códex (ou códice - unia pergaminhos sobre o mesmo assunto, num único volume. Daí surgiu o nome “código” que indica “maneira de facilitar a leitura de algo”) começou a ser difundido, tornando o uso do pergaminho complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro. Uma conseqüência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.

Este monges eram homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos monastérios era conservada a cultura da Antiguidade.


Monge copista no fim da Idade Antiga - entre pergaminhos e códices
O códice é um avanço do rolo de pergaminho, e gradativamente substituiu este último como suporte da escrita. O códice foi substituído pelo livro.

600 d.C
A técnica do papel, devido ao seu comércio ser muito lucrativo, foi mantida em segredo por quase ou mais de 5 séculos até que os japoneses a descobriram na ocasião em travaram contato com monges budistas coreanos

O japoneses e coreanos deram sequência a fabricação de forma manual, de acordo à antiga tradição; e  aperfeiçoaram com o tempo este processo.

No ano de 750 d.C. os conhecimentos para a fabricação do papel chegaram a Ásia Central, o Tibete e a Índia.



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