quarta-feira, 29 de abril de 2020

#UVGGINDICA - Uma Viagem da Gravura ao Grafitti Indica

A partir desta semana começaremos a fazer diversas indicações de livros, vídeos, filmes e obras que dialogam com a história do Brasil e a história da arte mundial, através da Hashtag #UVGGINDICA.

Para iniciar esse movimento começamos com o livro de Hans Staden (1525-1576), “Duas Viagens ao Brasil”, publicado em 1557 na Europa, datado como o primeiro livro impresso que fala sobre o “Novo-Mundo”. Nele o autor alemão traz relatos sobre sua experiência no Brasil e sua convivência com os Tupinambás, dos quais, foi prisioneiro ao longo do período descrito na obra. Expondo uma narrativa detalhada do modo de vida dos povos originários do nosso continente.

Podemos levantar várias indicações sobre tal obra e gerar diversas reflexões, compreendendo o escrito com um olhar do europeu colonizador que vê em sua missão “civilizatória” os costumes dos povos originários, os atuais indígenas, um formato de vida “selvagem”, que infelizmente, por aspectos culturais ainda é um discurso reproduzidos na atualidade.

Entretanto, “Duas Viagens ao Brasil” é um marco mundial sobre os registros que temos no período de colonização do nosso país. Para arte podemos destacar as descrições de rituais antropofágicos, que na Semana de Arte Moderna de 1922 é recuperado e utilizado como conceito, marcando a inauguração do movimento “Modernista” no brasil, visível nas Artes Visuais e na Literatura, onde podemos destacar nomes como: Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, e Anita Malfatti. Já no objeto físico, o “Livro”, é possível visualizar diversas gravuras feitas a partir da técnica xilográfica, que contemplam muitos detalhes e auxiliam na narrativa como aporte visual para assimilar os cenários descritos.

O título é facilmente encontrado online para a leitura. #fiqueemcasa



Capa da edição de 2007 da L&PM Editores, com introdução do Historiador Eduardo Bueno. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário